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O país parou, esta quarta-feira, 11 de Abril, para prestar homenagem à classe jornalística. Mas, além da celebração, a data, que este ano coincide com a passagem de 46 anos após a criação do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), serviu para renovar o compromisso com a profissão, incluindo o respeito pelos direitos dos jornalistas.

Falando na cerimónia dedicada ao dia, ao nível da cidade de Maputo, o director executivo do MISA Moçambique, Ernesto Nhanale, ressaltou que o 11 de Abril é dedicado a honrar e a reconhecer o compromisso incansável dos jornalistas moçambicanos em relatar os eventos que moldam e constroem o mundo. Mas, na data dedicada à classe, o director do MISA não deixou de falar dos desafios enfrentados por jornalistas moçambicanos.

Um deles tem que ver com a fraca capacidade das empresas de comunicação social em prover condições laborais e salariais adequadas para a profissão. Por isso, para Ernesto Nhanale, a luta pelos direitos da classe deve ser continua. “A luta pelos direitos dos jornalistas e pelas liberdades fundamentais continua sendo uma batalha constante”, disse, enfatizando ser “nosso papel, como jornalistas, lutar para conquistar o nosso espaço e mantê-lo”. Por outro lado, Nhanale desafiou os jornalistas moçambicanos a serem guardiões da ética e princípios profissionais.

No mesmo evento, organizado pelo SNJ e que juntou diversos profissionais da classe, estudantes de jornalismo e outros extractos da sociedade, o director executivo do MISA instou aos actores políticos e as Forças de Defesa e Segurança a compreenderem e respeitarem o trabalho dos jornalistas.

Por seu turno, o secretário provincial do SNJ, em Maputo, Jeremias Mondlane, destacou a importância vital do jornalismo para a construção de uma sociedade democrática, coesa e educada. Mondlane também enfatizou a necessidade de aprimoramento da actividade jornalística, que disse ser essencial para a construção de pontes entre diferentes grupos e para garantir que todas as vozes sejam ouvidas e consideradas. Numa celebração dedicada, este ano, ao lema “Jornalismo Responsável e Inclusivo”, o jornalista Júlio Manjate trouxe, à tona, questões sobre a ética no jornalismo contemporâneo do país. Para Manjate, a ética deve ser encarada como uma obrigação inalienável para os profissionais da comunicação.

O profissional destacou a importância de os jornalistas serem guardiões da verdade e da integridade, priorizando sempre o interesse público acima de quaisquer outras considerações. Durante o debate, foram abordadas outras questões essenciais relacionadas com a actividades, tais como a democratização do país, o autoritarismo e os direitos de transmissão jornalística de eventos desportivos. As celebrações do Dia do Jornalista irão culminar com a realização, este sábado, 13, de uma partida de futebol entre jornalistas e deputados, no campus da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo.

Maputo, aos 12 de Abril de 2024

 

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