O Capítulo Moçambicano do Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA Moçambique) acompanhou com bastante inquietação relatos de actos que limitaram o trabalho da jornalista Ângela da Fonseca, do jornal IKWELI, quando pretendia entrevistar o Presidente do Conselho de Administração da empresa Águas da Região do Norte (AdRN), na cidade de Nampula, na última sexta-feira, 4 de julho.
Segundo relatos, a jornalista procurava ouvir o contraditório do PCA da AdRN, Francisco Napica, sobre denúncias feitas por trabalhadores da empresa, em que descreviam alegados abusos e violação de direitos laborais na instituição.
Apesar de ter aguardado por horas na sede da AdRN, quando finalmente se preparava para a entrevista, a jornalista teve o seu telemóvel, equipamento essencial para o registo da conversa retido pela secretária do PCA, sob o argumento de “questões de segurança”.
O Posicionamento
O MISA Moçambique condena fortemente esta acção, considerando-a um atentado à liberdade de imprensa e ao direito à informação. Restringir o uso de equipamentos de trabalho, sem justificação legal ou razoável, viola os princípios da transparência e do livre exercício do jornalismo.
O MISA exorta a empresa Águas da Região do Norte a respeitar o papel da imprensa enquanto pilar fundamental da democracia, assegurando aos profissionais da comunicação condições dignas, livres de intimidação ou censura.