No dia dedicado à votação, no âmbito das sextas eleições autárquicas, (11.10), o MISA Moçambique tomou conhecimento da ocorrência, em vários municípios do país, de impedimentos à livre cobertura jornalística de actos eleitorais, intimidações e até agressões de jornalistas em pleno exercício das suas actividades. A situação foi particularmente crítica ao anoitecer, altura em que iniciou a contagem de votos.
Na sua maioria, os casos foram protagonizados por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e membros das mesas de assembleias de voto, que não queriam que os jornalistas cobrissem os actos eleitorais, particularmente a contagem de votos. Em outros casos, agentes da Polícia agiram de forma indiferente e quase cúmplice perante flagrantes atentados contra jornalistas.
Na Beira, capital provincial de Sofala, por exemplo, o repórter de imagem da Televisão Académica, Leonardo Limane, foi agredido por agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), depois de ter filmado um grupo de cidadãos que se recusavam ir para casa, alegadamente porque queriam controlar o processo de contagem de votos na Escola Primária Completa Macombe, na Munhava.