A Polícia da República de Moçambique (PRM), ao nível do distrito de Angoche, em Nampula, moveu uma acção judicial contra o jornalista e correspondente da TV Sucesso, nesta província do Norte de Moçambique, Leonardo Gimo, por suposta difamação e calúnia. Em 2022, o jornalista em causa foi conduzido ao comando distrital para averiguação devido a uma “denúncia da população”.
Durante a sua permanência no comando distrital da PRM, o jornalista apurou actos de corrupção, supostamente, protagonizados por membros da corporação em Angoche, o que culminou com a produção de uma reportagem sobre o assunto, na qual o jornalista não cita nomes. Encontrando-se em serviço na cidade de Angoche, o jornalista foi interpelado por agentes da PRM daquele distrito, suspeito de envolvimento em actos terroristas.
A PRM, conforme reporta o núcleo provincial do MISA, em Nampula, entedia que Leonardo Gimo “era promotor de terrorismo”, por ter estado à conversa com um amigo sobre a situação de insurgência em Cabo Delgado e a sua conexão com o distrito de Angoche no recrutamento de extremistas.