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webinar 1Activistas e promotores dos Direitos Humanos defendem a necessidade de se promover uma sociedade de alta cultura de informação, para elevar a consciência dos diferentes actores no combate à pandemia da Covid-19 em Moçambique.


O posicionamento foi manifestado esta quarta-feira, 05 de Agosto de 2020, em Maputo, durante uma reflexão sobre “jornalismo e liberdades de imprensa em tempos de Covid-19 em Moçambique”, promovida pelo Instituto para a Comunicação Social na África Austral (MISA-Moçambique) em parceria com a Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES), através da plataforma ZOOM.

Webnar 2O Presidente da Comissão Nacioal dos Direitos Humanos, Luís Bitone e o Jurista e Jornalista Ericino de Salema, oradores do evento, consideram que, apesar de as autoridades terem cumprido o seu dever constitucional de apoiar a comunicação social durante os últimos 120 dias de Estado de Emergência, o jornalismo e as liberdades de imprensa no país continuam marcados por vários desafios, um dos quais relacionado ao acesso deficitário às fontes de informação, o que impacta na qualidade do produto jornalístico oferecido ao público.

Para Luís Bitone, a Covid-19 veio mostrar as várias fragilidades do país em várias áreas e a sociedade carece de instrução no que ao consumo de informação diz respeito. “Isto agrava-se com a proliferação de informações falsas, sem fontes fidedignas”, considerou.

Webnar 3Na sua reflexão, o jurista e jornalista Ericino de Salema, alertou para o respeito das Liberdades de Imprensa, considerando que “em nenhum momento a liberdade de imprensa deve ser condicionada, independentemente da situação em que o Estado se encontra.” Salema destacou, por outro lado, a necessidade de protecção dos jornalistas, que são os responsáveis pela difusão da informação de qualidade sobre a pendemia, posicionando-se, assim, como grupos de risco.

Os oradores do evento através do qual foram, também, tornados públicos os resultados do Barómetro Africano da Media – 2018, chamam à atenção dos jornalistas à seleção cuidadosa das fontes de informação neste momento atípico, para se evitar aquilo que consideram de “banalização da informação”.