Família, amigos e colegas prestam último adeus ao jornalista Atanásio Marcos em Maputo

Familiares, amigos, colegas de profissão, e diversas personalidades, prestaram na tarde desta segunda-feira, em Maputo, a última homenagem ao jornalista Atanásio Marcos, falecido na passada sexta-feira, 20 de junho, vítima de doença. Descrito como um homem íntegro, amigo de todos, trabalhador incansável e sempre disponível para ajudar, Atanásio deixa a lembrança de alguém cuja alegria, humildade e espírito de equipa marcaram profundamente todos que com ele conviveram. A cerimónia de corpo presente teve lugar na Catedral de Maputo, onde foi realizada uma missa em sua memória. O momento foi marcado por emoção, discursos de tributo e reconhecimento ao percurso profissional e humano de Atanásio Marcos. Visivelmente emocionado, o filho mais velho, Atanásio Jr. prestou uma homenagem comovente ao pai, lembrando-o como um exemplo de dedicação e amor. “Contigo aprendemos muito e não será fácil caminhar sem a tua presença. Mas faremos tudo para dar continuidade aos teus projectos. Obrigado por tudo, pai.” Em nome da Televisão de Moçambique (TVM), o Presidente do Conselho de Administração, Hélio Jonasse, enalteceu o profissionalismo do malogrado. “A morte separou-nos não apenas de um colega, que connosco conviveu durante mais de 10 anos, mas também de um amigo. Juntos, construímos uma família, a família TVM.” O presidente do MISA Moçambique, Jeremias Langa, também marcou presença na cerimónia de despedida e recorda o jornalista como um colega de profissão alegre, dedicado e brilhante, cuja presença deixava uma marca positiva por onde passava. “Atanásio teve um percurso brilhante como profissional. Era uma pessoa alegre mesmo nos momentos de tensão e angústia, não deixava transparecer.” A morte de Atanásio Marcos representa uma perda significativa para o jornalismo moçambicano. Deixa para trás uma carreira marcada pela busca da verdade, pelo compromisso com a ética e pelo respeito à dignidade humana. Seu legado viverá através dos colegas que com ele aprenderam e das histórias que contou ao país.
MISA Moçambique Lamenta a morte do Jornalista Atanásio Marcos

O MISA Moçambique lamenta, com profunda consternação, o falecimento do jornalista da Televisão de Moçambique – TVM, Atanásio Marcos, ocorrido na última sexta-feira, vítima de doença. A partida prematura de Atanásio Marcos representa uma perda irreparável para o jornalismo moçambicano e para todos aqueles que, ao longo dos anos, se habituaram à sua voz firme, ao seu rigor profissional e ao seu compromisso com a verdade. Atanásio Marcos destacou-se como um dos rostos mais respeitados da comunicação social no país, sendo reconhecido pela qualidade do seu trabalho como jornalista e como apresentador de noticiário. Neste momento de luto, o MISA Moçambique presta homenagem à vida e à carreira de um homem que honrou a profissão com coragem e dignidade. Endereçamos à família enlutada, aos colegas de redação e a todos os seus amigos as nossas mais sentidas condolências. Que a sua alma descanse em paz e que o seu exemplo continue a inspirar gerações dejornalistas. Maputo, 21 de Junho de 2025
Jornalista da Rádio Parapato alvo de perseguição e intimidação emAngoche

O Capítulo Moçambicano do Instituto de Comunicação Social da África AustralMISA Moçambique, tomou conhecimento com grande preocupação de actoscontínuos de perseguição, intimidação e ameaças dirigidas contra o jornalistaIzidine Abdala Suleimana, da Rádio Comunitária Parapato e correspondente dojornal Wampula Fax, por parte de dirigentes do governo distrital e do municípiode Angoche, província de Nampula. Os episódios de pressão contra o jornalista intensificaram-se após a publicaçãode conteúdos jornalísticos que abordaram questões de interesse público,nomeadamente falhas na comunicação entre autoridades de saúde ecomunidades locais, suspeitas sobre a gestão de fundos municipais e odescontentamento dos funcionários do município face ao pagamento de saláriosem atraso, fora dos parâmetros da Tabela Salarial Única (TSU). Em retaliação a esse trabalho jornalístico, Izidine Abdala tem sido alvo deameaças directas e indiretas, incluindo chamadas telefónicas intimidatórias erecados de natureza violenta, que colocam em risco a sua integridade física e oexercício livre da sua profissão. A vítima chegou a apresentar queixa às autoridades, que de imediato intimaramos agressores a comparecer à esquadra. No entanto, a ordem não foi cumprida,configurando mais um crime de desacato às autoridades. O Posicionamento O MISA Moçambique condena fortemente os actos de intimidação sofridos pelojornalista Izidine Abdala Suleimana, considerando-os uma grave violação àLiberdade de Imprensa e de Expressão, garantidos pela Constituição daRepública de Moçambique. Tais práticas são inaceitáveis num Estado de Direito e atentam contra o trabalholivre, responsável e independente da imprensa. Intimidar jornalistas pordenunciarem factos de interesse público é uma forma clara de censura e umatentado à democracia. O MISA Moçambique apela às entidades envolvidas a cessarem imediatamenteas ameaças contra o jornalista e às autoridades competentes para queinvestiguem com urgência estes actos e responsabilizem os seus autores conformea lei. O MISA reafirma o seu compromisso em acompanhar de perto este caso eprovidenciar todo o apoio necessário ao jornalista, no âmbito da sua missão dedefesa da liberdade de imprensa, como um dos pilares fundamentais para aconstrução de uma sociedade informada, justa e democrática.
MISA Moçambique e PNUD reforçam cooperação para a liberdade de imprensa e direitos digitais.

O MISA Moçambique reuniu-se na última sexta-feira, 20 de junho, com o novo Tecnico Principal do Projecto de Democracia e Eleições do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Moçambique, Vincent Da Cruz, com o objectivo de reforçar os laços de cooperação entre as duas instituições. O encontro decorreu num ambiente de partilha e compromisso conjunto em torno da promoção da liberdade de imprensa e de expressão e dos direitos humanos. Durante o encontro, as partes manifestaram interesse mútuo em aprofundar a colaboração em áreas estratégicas, com destaque para a capacitação de jornalistas moçambicanos. Entre os temas prioritários identificados estão os direitos digitais, a ciber-segurança, o combate à desinformação e a mitigação do discurso de ódio no ambiente digital, desafios cada vez mais presentes no contexto mediático nacional. O Director Executivo do MISA Moçambique, Ernesto Nhanale, destacou o papel crucial que os profissionais da comunicação social desempenham na consolidação da democracia e da paz, especialmente num período em que o país enfrenta tensões pós-eleitorais e uma crescente polarização no debate público. Por seu turno, o Tecnico Principal do Projecto de Democracia e Eleições do do PNUD, Vincent Da Cruz, reafirmou o compromisso do Programa que dirige com a promoção de sociedades mais inclusivas, resilientes e informadas, sublinhando a importância da informação ética, segura e baseada em factos. O reforço desta parceria visa não apenas proteger os direitos dos jornalistas, mas também contribuir para um ecossistema de informação mais saudável e comprometido com os princípios democráticos.
Caso de agressão a jornalistas da TV Sucesso: Tribunal condena agressor a multa e indemnização

O Tribunal Judicial da Província do Niassa condenou, na manhã destaterça-feira, 18 de junho, um cidadão nigeriano, na sequência daagressão cometida aos jornalistas da TV Sucesso, Herculano Ernestoe Mixaque Lucas durante a cobertura de um incêndio, em janeirodeste ano, no Mercado Central de Lichinga. Na ocasião, os profissionais realizavam filmagens do estabelecimentocomercial em chamas, quando foram impedidos de exercer suasfunções pelo proprietário do local afectado, Edwin OnyemmekaNwachuka, de nacionalidade nigeriana. O agressor exigiu que osjornalistas parassem o seu trabalho e, diante da recusa, atacoufisicamente o repórter Mixaque Lucas, causando ferimentos, além dedanificar o equipamento de reportagem utilizado na cobertura. O arguido foi condenado a pena de 6 meses de prisão convertidos emmulta, por crime de ofensas corporais voluntarias simples. Foitambém condenado a pagar uma indeminização a favor das vítimas. O MISA Moçambique, que prestou assistência legal ao caso desde asua fase inicial, acolhe com satisfação a decisão judicial,considerando-a um marco importante na luta contra a impunidadeem casos de violência contra jornalistas, na garantia das liberdades deimprensa e de expressão e um sinal de fortalecimento do Estado deDireito em Moçambique. No entanto, a organização considera que as penas aplicadas ainda sãobrandas face à natureza do crime, e defende que decisões judiciaismais firmes são necessárias para desencorajar futuras agressõescontra jornalistas no exercício das suas funções. Reiteramos que a liberdade de imprensa é essencial para o exercícioda democracia e deve ser protegida em todas as circunstâncias. OMISA Moçambique continuará empenhado em garantir que osprofissionais da comunicação social possam exercer o seu trabalhocom segurança, dignidade e independência.Maputo, 18 de junho de 2025MISA Moçambique
Feliz 16 de Junho, Dia da Criança Africana

Jornalistas da MIRAMAR agredidos e impedidos de trabalhar em Pemba
Dois jornalistas da televisão MIRAMAR, Delfim Anacleto e Félio Miguel, foram alvo de agressão verbal e confisco de equipamentos de trabalho (câmera e telefone) na passada terça-feira, 03 de Junho de 2025, enquanto cobriam um evento público na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado. O episódio deu-se quando os jornalistas cobriam o encontro entre o edil da Cidade de Pemba, Abdulgani Satar, que convidara a equipe de televisão, moradores do bairro de Metula, arredores da Cidade de Pemba e a empresa MOZ ENVIRONMENT, especializada na gestão e tratamento de resíduos sólidos perigosos, produzidos por empresas que se dedicam a pesquisa e exploração de recursos naturais e outras actividades. O encontro surgiu como resultado de denuncias feitas pelos residentes do bairro, que reclamavam há três anos do cheiro nauseabundo causado pelas actividades desta empresa. Na ocasião, o edil decidiu pelo encerramento imediato das actividades da empresa, em resposta às preocupações dos munícipes. Quando os repórtes captavam as imagens do recinto da empresa foram impedidos por seguranças da empresa privada GARDA WORLD, que segundo testemunhas, sob ordens do gestor da empresa, descrito como um cidadão estrangeiro de raça branca que confiscaram os equipamentos de trabalho dos jornalistas, ficando em seu poder por cerca de dez minutos e mais tarde foram devolvidos aos repórtes que acabaram por ser escorraçados da empresa. Posicionamento O MISA Moçambique condena veementemente este acto, que representa uma violação grave à liberdade de imprensa, ao direito à informação e à integridade física dos jornalistas. O exercício da profissão jornalística deve ser protegido e respeitado, sobretudo em contextos de interesse público como este, que envolve questões ambientais e de saúde pública. O MISA exige as autoridades competentes, nomeadamente o Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) e a Procuradoria Provincial, abram uma investigação rigorosa sobre o caso e responsabilizem todos os envolvidos nesta acção ilícita. O MISA Moçambique reitera o seu compromisso com a defesa da liberdade de imprensa, da integridade dos profissionais da comunicação social e do direito do público a ser informado com transparência e responsabilidade.
Seminários sobre a Dinâmica dos Processos Eleitorais em Moçambique Reúne Jornalistas e Defensores dos Direitos Humanos

80 profissionais dos quais 60 jornalistas e 20 defensores dos direitos humanos, discutem dinâmicas dos processos eleitorais em Moçambique, numa iniciativa conjunta entre o MISA Moçambique e a Comissão Nacional de Direitos Humanos com o apoio da UNESCO. Trata-se de seminários que acontecem em três províncias nomeadamente Zambezia, Cabo Delgado e Nampula com o objectivo de capacitar estes profissionais para uma actuação mais informada, crítica e responsável no contexto dos processos eleitorais e pós-eleitorais. Estes encontros visam também promover a reflexão conjunta sobre soluções para a crise política que o país enfrenta. Nas discussões, os participantes apontam a deterioração das condições de vida e a percepção de desigualdades sociais como causas estruturais da crise actual, sublinhando a necessidade de maior justiça social. Além disso, destacam a urgência de despartidarizar as instituições do Estado, garantir a implementação efectiva da legislação eleitoral e fortalecer a credibilidade das eleições através de maior engajamento cívico e responsabilização por infracções eleitorais. Os seminários que se realizam sob o lema“Dinâmica dos Processos Eleitorais e Suas Consequências em Moçambique”, acontecem num momento particularmente critico para Moçambique, que recentemente foi marcado por uma profunda crise política pós-eleitoral alimentada por alegações generalizadas de fraude nas eleições gerais. Como consequência, a instabilidade provocou manifestações violentas, violações de direitos humanos, repressão à liberdade de expressão e ataques a jornalistas e activistas. É neste contexto, que o MISA Moçambique e a CNDH, com o apoio da UNESCO, buscam através da realização destes seminários, fortalecer o papel dos media e das organizações de direitos humanos como actores essenciais na promoção da transparência, da democracia e da paz social.
MISA Moçambique e Governo da Noruega Reforçam Parceria para Promover a Liberdade de Imprensa

O MISA Moçambique e a Embaixada do Reino da Noruega renovam cooperação para o reforço da liberdade de imprensa, a promoção dos direitos humanos e a verificação de factos em Moçambique. O acordo será implementado nos próximos três anos e permitirá ao MISA Moçambique expandir ações estratégicas nas áreas de monitoria da liberdade de imprensa, capacitação de jornalistas, promoção da transparência e combate à desinformação, num contexto nacional marcado por desafios crescentes à comunicação social. Na assinatura do acordo, o Presidente do MISA Mocambique, Jeremias Langa referiu que “a renovação do acordo é um sinal de confiança que a Noruega deposita ao MISA Mocambique naquilo que é o seu propósito de promover as liberdades de imprensa e de expressão e no combate à desinformação que constitui uma preocupação generalizada. ”O Embaixador da Noruega em Moçambique, Haakon Gram-Johannessen referiu que é prioridade do seu governo apoiar o fortalecimento da democracia em Mocambique sendo que a comunicação social e os media desempenham um papel fundamental.. “O MISA revelou-se um bom parceiro estratégico enquanto órgão de fiscalização, principal interlocutor do governo nas reformas em curso, denunciando a desinformação, abusos e violações durante as eleições e esperamos consolidar e expandir as iniciativas que vem sendo desenvolvidas desde o ano passado no contexto eleitoral.” O projeto “Liberdade de imprensa, promoção dos direitos humanos e verificação de factos” reflete o compromisso comum da Noruega e do MISA Moçambique em promover um ambiente informativo livre, seguro e inclusivo, que permita aos cidadãos acederem a informação de qualidade e exercerem plenamente os seus direitos democráticos.
Continua escalada de violência contra jornalistas por parte de servidores públicos

O MISA Moçambique tomou conhecimento da agressão, esta quarta-feira, de dois jornalistas da TV Sucesso no Hospital Geral da Polana Caniço, num caso que envolveu servidores públicos da unidade hospital. Segundo o que o MISA apurou, o repórter Alfredo Guitimela e o operador de câmera Cláudio Manhique, deslocaram-se ao local, para apurar uma denúncia recebida pela redação segundo a qual o elevador do hospital estava avariado há cerca de dois meses, facto que comprometia a prestação de serviços públicos por parte daquela unidade sanitária. De acordo com uma das vítimas, depois de apurados os factos da denuncia e entrevistas com os utentes, tentaram ouvir o posicionamento da directora do hospital. “A directora do hospital aproximou-se e iniciou uma abordagem hostil dizendo que estávamos a invadir o hospital e que não tínhamos pedido autorização para filmar’’ – relatou Alfredo Guitimela. Mesmo após a equipe da TV Sucesso que estava devidamente identificada tentar explicar os motivos que os levou ao local, a directora elevou o tom proferindo insultos pessoais e institucionais, chamando-os de “jornalistas sem ética” e à TV Sucesso de “televisão de quinta categoria”. Com a ajuda dos seguranças do hospital, a directora ameaçou e agrediu fisicamente os jornalistas e na tentativa de impedir que os mesmos continuassem a filmar um dos seguranças acabou deixando cair o equipamento da televisão. Posicionamento do Misa Moçambique O MISA Moçambique manifesta sua profunda indignação contra a violência sofrida pelos jornalistas Alfredo Guitimela e Cláudio Manhique, ambos da TV Sucesso, na passada quarta-feira, 14 de maio de 2025, no Hospital Geral da Polana Caniço, em Maputo. Para o MISA, este acto configura um atentado grave e repudiável contra a liberdade de imprensa e expressão que os jornalistas sofreram estando no gozo de seus direitos de informar um tema de interesse público, além de representar um atentado contra a integridade física e psicológica dos profissionais de comunicação. O MISA Moçambique condena este tipo de conduta autoritária, contrária aos princípios democráticos consagrados na Constituição da República e na Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos. Exigimos das entidades competentes, o esclarecimento e responsabilização dos autores da agressão e que acabem com a cultura de impunidade em actos que atentam contra a liberdade de imprensa. Além disso, apelamos ao Ministério da Saúde e ao Governo para que garantam que os profissionais da comunicação possam exercer livremente o seu trabalho em todos os espaços públicos. O Misa Moçambique solidariza-se com os jornalistas Alfredo Guitimela e Cláudio Manhique, bem como com toda a equipa da TV Sucesso, reiterando o seu compromisso incondicional na defesa dos direitos dos jornalistas, com a promoção da liberdade de imprensa e com a construção de um ambiente onde o jornalismo possa ser exercido com dignidade, segurança e em conformidade com a lei. Maputo, 15 de Maio de 2025