Assinalam-se, hoje, 22 de Novembro de 2020, os 20 anos após o fatídico assassinado de Carlos Cardoso, Jornalista do então semanário Metical, ocorrido a 22 de Novembro de 2000, a escassos metros do jornal de que era proprietário e editor.
Carlos Cardoso, um acérrimo investigador em questões político-económicas, sofreu o atentado meses depois de ter publicado notícias sobre o desaparecimento, em 1996, de 14 milhões de dólares em subsídios para a privatização do então Banco Comercial de Moçambique (BCM).
Na sequência do assassinato, cinco indivíduos foram condenados, em tribunal, a penas máximas de 24 anos de prisão, na qualidade de autores materiais do crime e um sexto a 10 anos de prisão.
O assassinato de Carlos Cardoso foi uma das piores manchas da história do jornalismo e governação moçambicana, que impactou na imagem do país no capítulo das Liberdades de Imprensa.
Carlos Cardoso foi, e continua a ser, a personificação da integridade, cidadania e profissionalismo da classe jornalística moçambicana, cuja profissão coloca a verdade e a justiça acima de quaisquer interesses, a bem de um verdadeiro Estado de Direito Democrático.
Para assinalar a data, o MISA-Moçambique, em parceria com o Jornal Carta de Moçambique, realizam, esta Segunda-feira, 23 de Novembro de 2020, um debate subordinado ao tema “Celebrando a vida e obra de Carlos Cardoso: 20 anos após o seu brutal assassinato”, numa iniciativa de amigos e colegas de Carlos Cardoso.