Encerrou, na semana passada, em Nampula, o ciclo de capacitação de jornalistas em matéria de media e eleições, uma iniciativa que vinha sendo desenvolvida, desde Abril deste ano, pelo MISA-Moçambique, Secretariado Técnico de Eleições (STAE), Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), como forma de dotar profissionais de comunicação social de ferramentas para melhorar a cobertura dos processos eleitorais de 2023 e 2024.
A capacitação da semana passada, que durou dois dias, 18 e 19 de Julho, na chamada capital do Norte, envolveu 38 jornalistas social oriundos das províncias de Nampula, Niassa e Cabo Delgado, todas no Norte de Moçambique.
Falando no encerramento da capacitação dos jornalistas do Norte, que também marcou o fim do ciclo de formações que percorreu o país desde Abril último, o vogal da CNE, Dauto Ibramugy, fez um balanço um positivo desta séride de treinamentos, considerando estarem lançadas as sementes para um trabalho cada vez mais profissional por parte dos jornalistas, na cobertura das eleições.
Para o vogal, esta série de capacitações ressaltou a importância dos jornalistas na sociedade, sobretudo na cobertura de processos eleitorais. “Queremos que os jornalistas tenham cada vez mais conhecimento e espaço em todos os processos eleitorais e, acima de tudo, que sejam respeitados, pois constituem parte importante para a comunicação, conscientização e educação dos cidadãos”, disse Ibramugy.
Para o presidente do MISA, Núcleo Provincial de Nampula, Aunício da Silva, a sessão de dois dias, que teve lugar na capital do Norte, foi de extrema importância para a classe e mostra a relevância do papel da comunicação social na esfera pública e na construção de uma sociedade democrática. “Investir na capacitação de jornalistas significa que estamos cientes da sua extrema importância e acreditamos no alcance de um jornalismo transparente, livre de censuras e capaz de informar e formar o cidadão”, afirmou.
“Num contexto de advento das tecnologias de informação, acesso às redes sociais e a manipulação de informação, é fundamental que se tenham ferramentas adequadas para o acompanhamento do processo eleitoral, e o fact checking deve ser instrumento de domínio absoluto dos jornalistas, pois permite controlo e verificação dos factos”, acrescentou.
Conceição Matende, jornalista correspondente da DW baseada na cidade de Lichinga, em Niassa, e uma das formandas, não tem dúvidas de que a formação em media e eleições serviu para o fortalecimento das bases profissionais dos jornalistas, o que elevará o grau de credibilidade nas informações veiculadas pela imprensa durante os processos eleições.
Refira-se que a primeira capacitação envolveu 50 jornalistas das províncias de Maputo Província e Cidade, seguindo Gaza e Inhambane com 55 jornalistas, todas na região Sul de Moçambique. No centro, fora, formados cerca de 40 jornalistas das províncias de Tete e Zambézia, enquanto, em Manica e Sofala, o treinamento abarcou mais de 50 profissionais de comunicação social.