O presidente do MISA Moçambique, Jeremias Langa, é, desde esta segunda-feira, 28 de Outubro de 2024, o novo presidente do Conselho Governativo do MISA Regional. Jeremias Langa assume o cargo cerca de sete meses depois de ter sido indicado, em Março último, como membro e vice-presidente do Conselho Regional Governativo do Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA Regional).
O novo presidente do Conselho Governativo do MISA Regional substitui, no cargo, o zimbabwiano Golden Maunganidze, que acaba de terminar o seu mandato em frente do órgão. No novo cargo, Jeremias Langa será coadjuvado por Golden Matonga (presidente do MISA Malawi), como vice-presidente, e pela tanzaniana Salame Kitomari (do MISA Tanzânia), como tesoureira.
“É um sentimento de gratidão”
Para Jeremias Langa, o acto representa um sentimento de gratidão porque significa que “os nossos parceiros, na região, reconhecem o trabalho que estamos a fazer, em Moçambique, em prol das Liberdades de Expressão e de Imprensa”. Para Langa, esta é, também, uma grande honra para o próprio país, Moçambique, pois “é a primeira vez que assumimos tão importante cargo”.
Sobre o trabalho pela frente, o novo presidente do Conselho Governativo do MISA Regional aponta, como uma das principais prioridades, a instalação e consolidação da organização em todos os países da região como plataforma de advocacia em torno das liberdades. E dá um dos exemplos mais actuais. “Estamos em fase final da reinstalação do MISA Angola, trabalho que tem sido liderado pelo MISA Moçambique”, refere Langa, acrescentando que “queremos que o MISA volte a ter a pujança que o caracterizou aquando da sua fundação”.
Sobre o que se esperar do MISA Regional num contexto de contínuas violações contra a Liberdade de Imprensa e de Expressão, como o exemplo recente de Moçambique, Jeremias Langa aponta o diálogo como uma das saídas. “Infelizmente, o nosso trabalho está a jusante dos processos democráticos. Quanto mais se deteriora o ambiente político e democrático, mais são afectados os direitos dos cidadãos. Mas não vamos desistir, vamos continuar a fazer o nosso trabalho de advocacia. A nossa base de trabalho assenta no diálogo permanente com as instituições: Governo, Assembleia da República, Provedor da Justiça, entre outros stakeholders importantes para a materialização dos direitos fundamentais”, afirma.
Maputo, 29 de Outubro de 2024