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Promovendo a Liberdade de Expressão na África Austral

premios misa jornalismoForam conhecidos, esta quinta-feira, 13 de fevereiro, em Maputo, os grandes vencedores do Prémio de Jornalismo MISA Moçambique, um concurso realizado no âmbito da primeira edição do Fórum de Media.

A gala de premiação, organizada pelo MISA Moçambique e seus parceiros, teve como objectivo reforçar o papel essencial da comunicação social no fortalecimento da democracia e na defesa dos direitos fundamentais no país.

Na categoria de Jornalismo Investigativo – "Liberdade de Imprensa", o grande prémio foi atribuído aos jornalistas Argunaldo Nhampossa e Raul Senda, do semanário Savana, pela reportagem que denuncia a crise no sector das pescas em Moçambique, expondo um esquema de influência política, exploração ilegal e consequências socioeconómicas devastadoras; na categoria de Jornalismo e Direitos Humanos, a distinção foi para Julieta Zucula, da STV, pela reportagem que revela o drama das famílias moçambicanas que vivem em condições de extrema pobreza e não recebem o subsídio de assistência social; já para o prémio Jornalismo Económico e Negócios, o vencedor foi Daniel Lucas, da MIRAMAR, com uma reportagem que analisa os efeitos da subida sistemática dos preços dos combustíveis sobre a economia moçambicana ao longo dos últimos 10 anos; e por fim, Jornalismo Ambiental e Diversidade, destinado ao jornalista Pilatos Munguambe, da Sociedade de Notícias, laureado pela reportagem que aborda os avanços e desafios da conservação da tartaruga marinha em Moçambique.

A cerimónia foi também palco da entrega dos prémios das reportagens vencedoras do concurso lançado pelo Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD) em parceria com o MISA Moçambique, sobre Justiça Fiscal e Fluxos Financeiros Ilícitos e Transição Energética. Na primeira categoria, foram premiados Caetano Alberto, da Rádio Moçambique, e António Ndzimba, do jornal Géneros. Entretanto, na categoria sobre Transição Energética, o júri não conseguiu encontrar nenhum trabalho que atendesse aos critérios exigidos.

No seu discurso de ocasião, o presidente do MISA Moçambique, Jeremias Langa, explicou que a agremiação instituiu o Fórum de Media como uma forma de engajar os diversos actores do sector da comunicação social na promoção de respostas contínuas aos desafios da sustentabilidade e desenvolvimento dos media.

Segundo Langa, os prémios de jornalismo visam reconhecer o trabalho dos profissionais que promovem a governação transparente, a integridade, a liberdade de imprensa e a defesa dos direitos humanos.

"Gostaria de expressar o nosso profundo reconhecimento aos jornalistas que participaram deste concurso. O vosso trabalho representa a resiliência e o compromisso com a profissão, mesmo diante dos desafios impostos pelo contexto actual", afirmou Langa, destacando a importância do jornalismo para a construção de uma sociedade mais informada, crítica e participativa.

O presidente do júri, Fernando Gonçalves, apresentou as principais categorias dos prémios de jornalismo e explicou que critérios como originalidade, relevância do tema, impacto nas liberdades de imprensa, actualidade, proatividade do autor e diversidade das fontes foram determinantes para a classificação e escolha das matérias vencedoras.

Importa destacar que esta cerimónia “foi o cair do pano” da primeira edição do Fórum de Media, Direitos Humanos, Cidadania e Desenvolvimento, um evento que trouxe um ciclo de reflexões sobre a "Sustentabilidade dos Media no Contexto da Digitalização", realizado em dezembro de 2024.

O Fórum Anual de Media e Cidadania é uma iniciativa do MISA Moçambique e contou com o apoio da Embaixada da Noruega, Embaixada da França em Moçambique e Eswatini, Hidroelétrica de Cahora Bassa, Universidade Eduardo Mondlane, Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD) e Associação Mídia Lab, entidades que contribuíram significativamente para tornar o evento possível.

Maputo, aos 14 de Fevereiro de 2025

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