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falso

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A ALEGAÇÃO

Desde a tarde deste domingo, 10 de Dezembro, dia de repetição de eleições em quatro Municípios do país, que circula, nas redes sociais digitais, uma informação dando conta de que a Polícia da República de Moçambique (PRM) matou três pessoas e inviabilizou o processo de votação, em Gurúè, na Zambézia. A referida informação, descrita, em vários grupos de WhatsApp, como de “última hora” e em “actualização”, é acompanhada por uma imagem em que cidadãos civis são recolhidos por agentes da Polícia, numa viatura de marca Mahindra, da corporação.

OS FACTOS

Entretanto, a referida informação é completamente falsa. Em Gurúè, não houve mortes nem inviabilização da votação. A imagem que acompanha a alegação não é recente e nem se quer é de Gurúè. Trata-se, isso sim, de uma imagem referente a acontecimentos de 2019, em Quelimane, capital provincial da Zambézia, quando a Polícia deteve cinco pessoas e agrediu manifestantes, durante uma marcha na qual centenas de apoiantes da Renamo, o maior partido da oposição, em Moçambique, foram para as ruas, com dísticos e cânticos, pedir que Manuel de Araújo voltasse ao poder, na sequência de um acórdão do Tribunal Administrativo, que levava à perda do mandato do edil, conforme se pode ler aqui.

Equipas de observação do Consórcio Eleitoral Mais Integridade, de que o MISA Moçambique (organização-mãe do Misa Check) é parte, confirmaram-nos, a partir do terreno, não ser verdadeira a informação sobre a suposta morte de quatro pessoas e inviabilização da votação, em Gurúè. Embora com grande presença policial, sobretudo na EPC Chá Moçambique e na ESG Gurúè, onde os agentes estavam a cerca de 50 metros do local de votação, até às 16 horas deste domingo não havia registo de intervenção policial violenta, neste Município da província central da Zambézia.

A única intervenção de força tinha ocorrido na ESG Gurúè, onde a Polícia teve de disparar tiros na sequência da agressão, por membros do partido ND, de um membro da PRM à paisana, alegadamente porque queria votar sem ser do Gurúè. Minutos antes do fim da votação, as 18h,  a Polícia usou disparos para começar a dispersar as pessoas ao redor da EPC Moneia, em Gurúè.

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falso

Fake cabeça de lista Vilankulo

A ALEGAÇÃO

Desde o arranque da campanha eleitoral, no passado dia 26 de Setembro corrente, que circula, nas redes sociais digitais, uma informação dando conta de uma suposta renúncia do cabeça de lista da Renamo, no Município de Vilankulo, alegadamente para apoiar a candidatura do partido Frelimo naquela autarquia do Norte da província de Inhambane. Numa das imagens mais difundidas sobre o assunto, aparece, na parte superior, um cidadão a despir camiseta do partido Renamo, para substituí-la por uma da Frelimo.

Na parte inferior da mesma imagem que, até à noite desta quinta-feira, estava disponível aqui, aparecem duas fotografias do actual cabeça de lista da Renamo, em Vilankulo, antes da descrição que diz “Cabeça de lista da RENAMO renunciou a sua candidatura e anuncia apoio a FRELIMO, em Vilankulo, na província de Inhambane”.

Descrição quase idêntica foi feita pela Televisão de Moçambique (TVM), estação pública que, no rodapé do seu espaço “Diário de Campanha” (até a noite desta quinta-feira disponível aqui), escreveu o seguinte: “Cabeça de lista da Renamo renuncia e anuncia apoio à Frelimo”. A dado passo da sua intervenção, que foi feita no lançamento da campanha eleitoral da Frelimo em Vilankulo, que é encabeçada pelo actual edil, William Thuzine, o suposto cabeça de lista da Renamo que, alegadamente, renunciou e se juntou à Frelimo, refere que “Moçambique é Frelimo, sabiam disso?”.

Vários comentários seguiram-se à publicação, tais como: "Judas cariotas, assim mesmo essa traição"; "Nem Judas.. nem Judas fez isso"; "Logo nos mostra que todos nossos políticos preocupam-se mais com dinheiro"; "PAU MANDANDO Membro da Freli Infiltrado para desestabilizar"; "Isto so pode ser sabotagem! Eu não acredito na legitimidade deste candidato. Pessoas assim deviam ser presas por fazer o partido perder tempo na última hora. absurdo"; ou, ainda, "Ele não é fingindo. Quer estar com os melhores. Doa a quem doer"; "A FRELIMO está na moda... Doa a quem doer", entre outras reacções que podem ser lidas aqui.

OS FACTOS

Entretanto, a informação sobre a suposta renúncia do cabeça de lista da Renamo, em Vilankulo, alegadamente para apoiar a Frelimo, é completamente falsa. Na verdade, quem se filiou à Frelimo, em Vilankulo, é Tomás Zacarias Tembe, que já foi, não cabeça de lista, mas candidato da Renamo à autarquia de Vilankulo nas eleições autárquicas de 2008, quando o modelo de votação não era, ainda, por cabeça de lista, mas sim por candidato nominal.

A verificação de factos efectuada pelo Misa-Check sobre este assunto estabeleceu que a fotografia que está a viralizar, nas redes sociais digitais, é resultado de manipulação. Com efeito, o cidadão que aparece na parte superior, despindo camiseta da Renamo, é Tomás Zacarias, que foi candidato em 2008. Entretanto, a pessoa que aparece na parte inferior, em duas fotografias, em todas vestindo camiseta da Renamo, na primeira acenando com a mão direita e, na segunda, sentado, com bandeira deste partido ao fundo, é Joaquim Quinito Vilanculo, o actual cabeça de lista da Renamo.

Houve uma colagem das fotografias para alimentar esta "notícia falsa". Não é por acaso que, na fotografia de troca de camisa partidária, seleccionou-se uma fotografia cujo rosto não é possível de identificar, porque encoberto pela t-shirt. Aliás, Tomás Zacarias, o homem que troca da camiseta, é, só pelo rosto, visivelmente muito mais velho que Joquim Vilanculo.

Joaquim Vilanculos

Mais ainda, na tarde desta quinta-feira, 28 de Setembro, o Misa-Check contactou o cabeça de lista da Renamo, em Vilankulo, que classificou a informação que está a circular a seu respeito como sendo simplesmente falsa. “Não constitui a verdade. Estão a tentar denegrir a nossa imagem. Nós estamos a carregar a Renamo ao poder e não há espaço para renunciarmos”, disse-nos Joaquim Vilanculo.

Published in Política

Data da declaração: 18/01/2021

Data da verificação: 16/01/2020

Circulam nas redes sociais imagens de uma vacina injetável contra a Covid-19, de nome Remdesivir, supostamente destinada exclusivamente aos países africanos (Angola, Benin, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Centro Africana, Chade, Comores, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Moçambique, entre outros). Nos termos de utilização da referida vacina, dispõe-se de forma expressa que a sua distribuição é proibida nos Estados Unidos da América, Canadá e União Europeia.

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Data da declaração: 22 de Novembro de 2020

Data da verificação: 29 de Novembro de 2020

Etiqueta: Falsa

Circula nas redes sociais que quem testa positivo para o HIV, automaticamente vai testar positivo para Covid-19.

O MISACHECK em parceria com o MOZCHECK pesquisou sobre o assunto, tendo constatado a escassez de dados que relacionam a Covid-19 e ao HIV. A OMS  pronunciou-se, em Março  de 2020, acerca do assunto, tendo informado que até o referido  momento, não se sabia e não haviam evidências de que o HIV aumenta a probabilidade de contágio com a Covid-19. Outrossim, Estudos recentes realizados em diferentes partes do mundo evidenciaram que as pessoas com HIV não têm mais probabilidades de contrair o Coronavírus ou desenvolver doenças graves quando comparadas a pessoas HIV negativas.

Published in Saúde