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Promovendo a Liberdade de Expressão na África Austral

MISA Restricao de Internet 1O MISA Moçambique confirma a limitação intencional da Internet em Moçambique, no que se designa em tecnicamente por Bandwidth Throttling (limitação intencional da banda larga, sobretudo a providenciada pelos principais serviços móveis.

Através da verificação feita pelo MISA Regional no IODA (Internet Outage Detection and Analysis), a velocidade da Internet em Moçambique foi reduzida sobretudo na tarde do dia 25 de Outubro, num contexto em que o País vem vivendo um contexto de tensão violenta devido ao anúncio dos resultados eleitorais.

Depois das violações contra as liberdades de imprensa e de expressão, através da violência policial, o Governo volta a violar a liberdades de expressão, ao limitar aos cidadãos de circular e trocar informações através de plataformas digitais, assim como limitado as operações de negócio e a vida social, num dia em que muitos moçambicanos se encontram a realizar as suas actividades de forma remota devido a violência nas ruas.

Maputo, 25 de Outubro de 2024

Jornalista agredido Zambezia

Quelimane, 25 de Outubro de 2024 – O Núcleo Provincial da Zambézia do MISA Moçambique repudia veementemente o episódio de brutalidade policial sofrido pelo jornalista Nuno Gemusse Alberto, da Rádio Comunitária Monte Gilé, no distrito de Gilé. No exercício da sua profissão e enquanto retornava da sua redacção, o jornalista foi interpelado, detido e agredido por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), em um flagrante ataque aos direitos fundamentais de liberdade de imprensa e de informação.

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(…) “We were on the ground, duly identified, to report the facts that were happening on that morning of 21 October. The demonstrators were peacefully singing and holding placards at the place where Elvino Dias and Paulo Guambe were murdered when, suddenly, we heard the commander of the Rapid Intervention Unit give orders to open fire against people” (Protected Source).

“I was near him and I heard it all. He (the commander) was the first to shoot, and the police followed. In the crowd there were also journalists but that did not worry the police commander. Suffocated by the police gas, we left at a run, in search of a better place to continue our work” (Protected Source).

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  • (…) “Devidamente identificados, estávamos no terreno a reportar os factos que estavam acontecer naquela manhã do dia 21. Os manifestantes estavam, pacificamente, a cantar e a exibir dísticos no local onde foram barbaramente assassinados os cidadãos Elvino Dias e Paulo Guambe quando, de repente, ouvimos o comandante da Unidade de Intervenção Rápida, a dar ordens para disparar contra as pessoas” (Fonte Protegida).
  • “Estava perto dele e ouvi tudo. Ele [o comandante] foi o primeiro a disparar e os polícias seguiram. Na concentração estavam também jornalistas, mas isso não comoveu o comandante da Polícia. Sufocados pelo gás da Polícia, saímos em debandada à procura do melhor sítio para continuarmos o nosso trabalho” (Fonte Protegida).

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The National Governing Council of MISA-Mozambique strongly condemns the attack against journalists which occurred last Monday, perpetrated by the Mozambican Police Force (PRM), during the strike called by   the opposition party PODEMOS, in protest against the murder of its members Elvino Dias and Paulo Guambe. The attack by the PRM against journalists is a violation of the press freedom enshrined in our Constitution of the Republic.

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O Conselho Nacional Governativo do MISA Moçambique condena veementemente o ataque contra jornalistas ocorrido na última segunda-feira, perpetrado pela Polícia da República de Moçambique, durante a greve convocada pelo PODEMOS, partido na oposição, em repúdio ao assassinato de seus membros Elvino Dias e Paulo Guambe. O ataque contra jornalistas, por parte da PRM, representa uma violação da liberdade de imprensa, consagrada na nossa Constituição da República.

PRM Greve Maputo

O MISA Moçambique registou, através da reportagem da estação de Rádio e Televisão Pública de Portugal, RTP3, tiros contra jornalistas, quando entrevistavam o candidato Presidencial Venâncio Mondlane, no local das manifestações marcadas para hoje, 21 de Outubro, para reivindicar os resultados eleitorais e o assassinato do advogado Elvino Dias e o mandatário do Partido PODEMOS, ocorrido na madrugada do dia 19 de Outubro.

Consorcio Mais Integridade Imagem

Na manhã do dia 19 de Outubro, o Consórcio Mais Integridade foi colhido com a triste noticia do bárbaro e repugnante assassinato, do doutor Elvino Dias, advogado do candidato presidencial Venâncio Mondlane Jr e principal assessor jurídico do PODEMOS e do Paulo Guambe, mandatário do PODEMOS nas eleições gerais de 2024, no Bairro da COOP na cidade de Maputo.

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Após observar o processo de votação ao longo do dia nos 161 distritos do país, o Consórcio Eleitoral Mais Integridade apresenta as constatações de cerca 900 observadores que já reportaram o processo de encerramento:

Leia o artigo na íntegra: pdf -Comunicado- Constatações sobre o encerramento das urnas (346 KB)

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A Plataforma de Observação Eleitoral Mais Integridade, através de 1900 observadores distribuídos por mais de 1500 locais de votação nos 161 distritos do país, está a acompanhar, desde as 6H00 de hoje, como milhões de moçambicanas e moçambicanos estão a votar para eleger o Presidente da República, os Deputados da Assembleia da República, os Governadores provinciais e os Membros das Assembleias Provinciais.

Leia o artigo na íntegra:  pdf -Comunicado- Principais constatações sobre o decurso da votação (369 KB)

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