A ALEGAÇÃO
Desde o dia 18 deste mês que uma declaração atribuída ao candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, tem agitado o país. Num curto vídeo, de 29 segundos, ouve-se Chapo a dizer: “…hospital é da Frelimo; quando [a pessoa] fica doente, vai ao hospital da Frelimo; medicamento é da Frelimo. [Mas] quando [essa mesma pessoa] cura, diz que Frelimo não fez nada (...)”. Estas declarações geraram uma onda de críticas contra o candidato presidencial da Frelimo, acusado de confundir o Estado e a Frelimo, uma vez que os hospitais e os medicamentos (tal como as escolas e outras infra-estruturas públicas) não são propriedade da Frelimo, mas bens públicos, de acesso universal e sustentados pelos impostos dos moçambicanos e não dos membros da Frelimo. No entanto, após a repercussão negativa destas afirmações, começaram a circular alegações, sobretudo movidas pela máquina de propaganda do partido Frelimo e seus apoiantes, sugerindo que o vídeo tenha sido manipulado. Outras alegações deram conta de o vídeo ter até sido criado com recurso à Inteligência Artificial (IA). Tudo para difamar o candidato Daniel Chapo, insinuavam as alegações.
OS FACTOS
Entretanto, estas declarações de Daniel Chapo são autênticas. O vídeo em questão é um trecho de uma intervenção do candidato da Frelimo, num comício popular realizado no dia 18 de Setembro corrente, no distrito de Monapo, província de Nampula. O MisaCheck procurou rastrear o vídeo original da declaração, mas, diferentemente de outros, não consta nas plataformas de comunicação usadas pela Frelimo para a transmissão e divulgação das actividades de campanha. No entanto, o MisaCheck ouviu diferentes jornalistas que estão a acompanhar o candidato presidencial da Frelimo na sua campanha, que confirmaram a veracidade do vídeo, incluindo as declarações do candidato presidencial da Frelimo. Adicionalmente, vários órgãos de comunicação social, como a DW, Macua blog e o semanário Ponto por Ponto, também publicaram reportagens confirmando o contexto e a autenticidade das falas de Daniel Chapo durante o comício.
Data da declaração: 07 de outubro de 2020
Data da verificação: 08 de Outubro de 2020
Etiqueta: Verdadeira
Está declaração conta no Jornal Notícias, Edição N.° 31.110 da quarta-feira, 07 de Outubro de 2020.
A referida informação encontra-se na página inicial do Jornal nos seguintes termos:
"Não. os secadores de mãos não são eficazes para matar o novo coronavírus.
(...)"
Armindo Tiago, ministro da Saúde, revelou esta terça-feira (13/10/20) que está infectado pela COVID-19, através de um comunicado de imprensa publicado na página oficial do Ministério da Saúde “Venho revelar publicamente que o meu teste da COVID-19 resultou positivo. Não tenho sintomas, encontro-me física e mentalmente bem. Estou infectado, mas não doente”.
Data da declaração: 13/10/20
Data da verificação: 14/10/20
Etiqueta: Verdadeiro
No âmbito da parceria entre o MISACHECK e MOZCHECK verificamos o discurso do ministro da saúde, Armindo Tiago proferido no dia 13/10/20, depois de testar positivo à COVID-19.
No discurso do ministro da saúde, iremos verificar uma parte “Estou infectado, mas não doente”. Será?
Data da declaração: 06/10/20
Data da verificação: 13/10/20
Etiqueta: Verdade
Esta notícia surge no contexto da reabertura da fronteira da Ressano Garcia entre Moçambique e a África do Sul, depois de algum tempo fechada como forma de conter a propagação do novo coronavírus (COVID-19) que afecta o mundo.